quinta-feira, 30 de abril de 2015

Como a vida funciona? O Processo de transcrição

A transcrição (clique e veja como acontece o processo de transcrição) é o processo de formação de uma molécula de RNA a partir de uma molécula molde de DNA. 

Realizada por um complexo enzimático cuja enzima chave é a RNA polimerase. 
A RNA polimerase nos procariotos é única, enquanto nos eucariotos são três - RNA polimerase I, II e III. 
Os RNAs formados durante a transcrição podem ser de três tipos: o mRNA, o tRNA e o rRNA. 

A síntese de RNA ocorre no sentido 5’=>3’.  

O RNA sintetizado será complementar à fita de DNA molde.




 O processo de transcrição acontece seguindo três passos: inicio, alongamento e término. E esse difere para eucariontes sendo um processo bem mais complexo, onde a transcrição ocorre no núcleo. E em procariontes um processo mais simplificado quando se comparado com os eucariontes.

Referencias:

GRIFFTHS, A J. F. Introdução à Genética, 9ª edição., Rio de Janeiro-RJ. Ed. Guanabara Koogan, 2009.


MALACINSKI, George M. Fundamentos de Biologia Molecular. 4ª edição. Rio de Janeiro. Ed.Guanabara Koogan, 2005.




segunda-feira, 27 de abril de 2015

Tudo sobre o RNA




A descoberta do RNA , começou com a descoberta dos ácidos nucleicos por Friedrich Miescher, em 1868, que chamou o material 'nuclein', desde que ele foi encontrado no núcleo.O RNA é formado pelo ácido ribonucléico.
O RNA é uma molécula intermediária na síntese de proteínas, ela faz a intermediação entre o DNA e as proteínas.

Ele é formado por uma cadeia de ribonucleotídeos, que, por sua vez, são formados por um grupo fosfato, um açúcar (ribose), e uma base nitrogenada.

Esses ribonucleotídeos são ligados entre si através de uma ligação fosfodiéster entre o carbono 3' do nucleotídeo de "cima" e o carbono 5' do nucleotídeo de "baixo"

As principais diferenças entre o RNA e o DNA são sutis, mas fazem com que o último seja mais estável do que o primeiro. O RNA é formado por uma fita simples, o açúcar de seu esqueleto é a ribose e uma de suas bases pirimídicas (de anel simples) é diferente da do DNA. Ele possui Uracila ao invés de Timina





                 



O ácido ribonucleico é o responsável pela síntese de proteínas da célula. O RNA é formado geralmente em cadeia simples, que pode, por vezes, ser dobrado, e as moléculas formadas por RNA possuem dimensões muito inferiores às formadas por DNA.

O RNA é constituído por uma ribose, por um fosfato e uma base nitrogenada. A composição do RNA é muito semelhante ao do DNA, porém apresenta algumas diferenças como: o RNA é formado por uma cadeia simples, e não uma de dupla hélice como o DNA, contém o açúcar ribose e o DNA contém o açúcar desoxirribose.

Outro fato é a diferença das bases nitrogenadas. No lugar da timina, o RNA possui a uracila. Dessa forma, suas bases são: adenina (A), citosina (C), guanina (G) e uracila (U).

Existem três tipos básicos de RNA, que diferem um do outro no peso molecular: o RNA ribossômico, representado por RNAr (ou rRNA), o RNA mensageiro, representado por RNAm (ou mRNA) e o RNA transportador, representado por RNAt (ou tRNA).


O RNA ribossômico é o de maior peso molecular e constituinte majoritário do ribossomo,organóide relacionado à síntese de proteínas na célula.


O RNA mensageiro é o de peso molecular intermediário e atua conjuntamente com os ribossomos na síntese protéica.


O RNA transportador é o mais leve dos três e encarregado de transportar os aminoácidos que serão utilizados na síntese de proteínas.




Sugerimos ainda uma paródia sobre o DNA e RNA já que eles estão relacionados,essa música poderá ser introduzida ao final da aula para que esta se torne dinâmica e proveitosa.









Links utilizados: 
Postagem do site: Ebah
Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgMPMAI/apostila-genetica
Acesso em: 27/04/2015

Postagem do site: Só Biologia
Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Citologia2/AcNucleico4.php
Acesso em: 27/04/2015

Postagem do site: InfoEscola
Disponível em: http://www.infoescola.com/biologia/rna/
Acesso em: 27/04/2015

Postagem no site: News Medical
Disponível em: http://www.news-medical.net/health/RNA-Discovery-%28Portuguese%29.aspx
Acesso em: 27/04/15

Postagem no: Youtube
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=hEHfaR-UgIg
Acesso em: 27/04/15

Postagem no: Youtube
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=ljmS_t3G1mY
Acesso em: 27/04/15

Postagem do site: Bioqmed
Disponível em: http://www2.bioqmed.ufrj.br/prosdocimi/RNA/rna.htm
Acesso em: 27/04/15

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sábado, 25 de abril de 2015

Descobrindo o DNA

O DNA refere- se  a uma molécula presente em todos os organismos e com estrutura bastante complexa,para muitos cientistas ela é descrita como a molécula da vida.

A sigla DNA vem de Ácido Desoxirribonucléico e foi descoberta em 1869 e essa descoberta  foi feita pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher (1844 – 1895). Miescher buscava determinar os componentes químicos do núcleo celular e usava os glóbulos brancos contidos no pus para suas pesquisas.

 A molécula de DNA é composta por uma fita dupla de nucleotídeos e  cada nucleotídeo é formado por uma molécula de desoxirribose, uma molécula de fosfato e uma base nitrogenada que pode ser púrica ou pirimídica.

As bases púricas encontradas no DNA são adenina e guanina; e as bases pirimídicas são citosina e timina, sendo que a adenina liga-se à timina e a guanina liga-se à citosina através de pontes de hidrogênio.

É no DNA que toda a informação genética de um organismo é armazenada e transmitida para seus descendentes,essa carga genética está contida no núcleo e todas as células de um organismo,porém nenhum organismo possui o DNA igual,já que a estrutura do DNA é composta por  diferentes combinações de letras ,que chegam a mais de 3 bilhões em cada célula fazendo  a variabilidade dos seres vivos.

Para compreendemos melhor sugerimos  um experimento simples que pode ser feito em sala de aula com a ajuda dos alunos,trata- se de um experimento sobre a extração do DNA.
Esse experimento deve ser realizado com a ajuda de um adulto.

EXTRAÇÃO CASEIRA DE DNA MORANGO 

ETAPAS PREPARATÓRIAS:

Se você é professor e deseja aplicar esse protocolo em sala de aula siga as seguintes etapas preparatórias:

Antes da aula:
 • Providenciar morangos maduros. Polpa de morango congelado também pode ser usada.
• Comprar álcool comercial comum 98% (sem gel). 

 extracao de morangoMaterial suficiente para 3 grupos de até 10 estudantes  

. • Morangos maduros
 • 3 sacos plásticos para maceração dos morangos
 • 3 colheres de sopa
 • 3 colheres de chá
 • 9 copos de vidro transparente
 • 3 recipientes contendo sal de cozinha
 • 3 frasco com detergente (sem cor) de lavar louça
 • 3 frasco com álcool comercial 98%
 •3 provetas ou 3 frasco contendo 150 mL de água
 • 3 peneiras ou coadores de chá • 6 tubos de ensaio grandes
 • 3 bastões de vidro, plástico ou madeira
 • 3 protocolos com os procedimentos


Observações: • É aconselhável realizar a prática, antes da aula, para ajustar as quantidades relativas de tecidos a partir dos quais o DNA será extraído e a relação entre os volumes do macerado e do álcool.
• É aconselhável usar água quente na mistura com sal e detergente (cerca de 65o C), uma vez que o tempo de incubação está reduzido.
• Outras frutas podem ser usadas aplicando-se o mesmo protocolo: tomate bem maduro (meio tomate por extração) ou banana (meia banana por extração). Catafi los de cebola sem a casca também apresentam bom resultado. Se usar cebola pique-a em pedaços bem pequenos em vez de macera-la (meia cebola por extração).
 • Durante o período da incubação, o professor pode conduzir uma discussão sobre a localização do DNA no núcleo, a composição da membrana plasmática e a ação do detergente sobre a membrana.
• Antes da aula prática é importante que os alunos já tenham os seguintes conceitos: o O DNA está no núcleo da célula o As membranas celulares são formadas por uma dupla camada lipídica.
              Passo a Passo:
1) Selecionar 3 morangos e tirar os seus cabinhos verdes.

2) Colocar os morangos dentro de um saco plástico e macerá-los pressionando os morangos com os dedos até obter uma pasta quase homogênea. Transferir a pasta de morango para um copo.

3) Em outro copo misturar 150 ml de água, uma colher (sopa) de detergente e uma colher (chá) de sal de cozinha. Mexer bem com o bastão de vidro, porém devagar para não fazer espuma.

4) Colocar cerca de 1/3 da mistura de água, sal e detergente sobre o macerado de morango. Misturar levemente com o bastão de vidro.

5) Incubar em temperatura ambiente por 30 minutos. Mexer de vez em quando com o mesmo bastão.


  • Incubar por 30 minutos

6) Colocar uma peneira sobre um copo limpo e passar a mistura pela peneira para retirar os pedaços de morango que restaram.

7) Colocar metade do líquido peneirado em um tubo de ensaio. Colocar apenas cerca de 3 dedos no fundo do tubo.

8) Despejar delicadamente no tubo (pela parede do mesmo), sobre a solução, dois volumes de álcool comum. Não misturar o álcool com a solução. Aguardar cerca de 3 minutos para o DNA começar a precipitar na interfase.


  • Aguardar 3 minutos


9) Passo opcional. Usar um palito de vidro, plástico ou madeira para enrolar as moléculas de DNA. Gire o palito na interface entre a solução e o álcool.

ANEXO I:

Sugestão de questões para serem respondidas pelos grupos de estudantes após (ou durante) a realização da extração de DNA.

1. Por que é necessário macerar o morango?

2. Em que etapa do procedimento ocorre o rompimento das membranas das células do morango,Explique.

3. Qual a função do sal de cozinha?

4. Qual o papel do álcool?

5. Por que você não pode ver a dupla hélice do DNA extraído?

6. Considerando os procedimentos da extração do DNA genômico, você espera obtê-lo sem quebras mecânicas e/ou químicas?

Respostas para as questões: 

1. O morango precisa ser macerado para que os produtos químicos utilizados para a extração cheguem mais facilmente em todas as suas células.

2. Na etapa 4. Os detergentes são normalmente empregados para dissolver gorduras ou lipídios. Como a membrana celular tem em sua composição química uma grande quantidade de lipídios, sob a ação do detergente, estes se tornam solúveis e são extraídos junto com as proteínas que também fazem parte das membranas.

3. O sal de cozinha ou NaCl (cloreto de sódio) fornece íons que são necessários para a fase de precipitação do DNA (veja complementação na resposta seguinte).

4. O DNA extraído das células do morango encontra-se na fase aquosa da mistura, ou seja, dissolvido na água. Na presença de álcool e de concentrações relativamente altas de Na+ (fornecidas pelo sal de cozinha) o DNA sai de solução, isto é, ele é precipitado. O precipitado aparece na superfície da solução, isto é, na interface entre a mistura aquosa e o etanol.

5. A molécula de DNA pode ser extremamente longa, mas seu diâmetro é de apenas 2 nanômetros, visível apenas em microscopia eletrônica. Assim sendo, o que se vê após a precipitação é um emaranhado formado por milhares de moléculas de DNA.

6. O DNA genômico é formado por moléculas muito longas (lembre-se que cada cromossomo é formado por uma única molécula de DNA). Por exemplo, o maior cromossomo humano possui 263 milhões de pares de bases. Assim sendo, é praticamente impossível extrair o DNA sem que inúmeras quebras mecânicas ocorram durante os procedimentos de extração.



Sugestões de atividades correlatas:

Durante o período de incubação discutir o protocolo com os estudantes usando uma fi gura de uma célula vegetal e solicitar a eles que apontem as membranas da célula e do núcleo que estariam sendo rompidas pela ação do detergente. Neste momento, rever a composição química das membranas celulares. Rever o conceito de proteína e no que estas diferem das enzimas capazes de acelerar as reações químicas que ocorrem durante o metabolismo celular.

• Aplicar, com os alunos o jogo “Cara a cara com a célula”, disponível em www.genoma.ib.usp.br/educacao/materiais_didaticos.php. Chamar a atenção dos alunos sobre a localização do DNA nos diferentes tipos de célula.

• Rever, com os alunos os diferentes tratamentos capazes de promover a lise mecânica ou química da célula para a liberação do seu conteúdo. Comentar sobre o tratamento utilizado no procedimento apresentado e compará-lo com tratamentos com enzimas ou mesmo autólise espontânea ou induzida.

• Solicitar aos alunos que tragam para a sala de aula fotos ou fi guras de um ambiente qualquer. Na foto pedir que marquem com um X os locais em que o DNA encontra-se contido dentro do núcleo de uma célula. Resgatar alguns dos trabalhos realizados e discutir com toda a classe a correção ou não dos itens assinalados.









Para saber mais assista o vídeo











Texto complementar:

O DNA é um tema muito popular e é por essa razão que abordamos esse assunto neste blog,para tentarmos facilitar a sua compreensão.Por ser uma molécula muito pequena, com estrutura complexa e de difícil visualização,o DNA tem sido interpretado de maneira errônea pelos professores e alunos  muitas vezes não conseguem associar o DNA a uma molécula real e, muito menos, relacionar e compreender a sua presença nos vegetais.
Nos diversos modelos didáticos destacamos a extração de DNA em vegetais que tem sido bastante utilizados em sala de aula,porém a constante utilização desses vegetais ou partes dele,têm acarretado diversos erros na identificação do DNA.
  Alguns materiais vegetais,  possuem altas concentrações de pectinas, um açúcar que é extraído juntamente com o DNA e fica misturado a ele, sendo confundido com essa molécula e como tais erros de identificação estão frequentes entre educadores e alunos,o artigo Extração de DNA Vegetal: O que Estamos Realmente Ensinando em Sala de Aula?
O intitulado aborda sobre esses equívocos, em um trabalho realizado com educadores e alunos,segundo Furlan et al, (2010):


                        “Ao final da extração, verificamos a grande dificuldade dos professores em identificar a camada formada por DNA, apontando muitas vezes a região contendo pectinas.”


Essa dificuldade em interpretar o DNA em meio a pectina  parece pertinente em diferentes níveis de escolaridade,pois parece ocorrer entre professores da educação básica, pesquisadores e docentes em instituições de nível superior.
Existem vários experimentos que descrevem o procedimento de extração de DNA a partir de uma variedade de materiais vegetais (ex. morango, ervilha, cebola, banana),assim como o experimento que sugerimos logo a cima.
Dessa forma, fica claro que a grande parte da substância extraída  nesse experimento,refere - se a pectina que é o conteúdo envolto ao DNA e por isso, temos que ter um cuidado maior  na aplicação e discussão desse recurso didático.






Referências: 
MALACINSKI, G. M. Fundamentos de Biologia Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 4ªed. 2005.

Postagem no site: Youtube
Acesso: 25/04/15

Postagem no site: Sò Biologia
Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/biogenoma.php

Acesso em: 25/04/15

Postagem no site: Centro de Estudo  do Genoma Humano Usp
Disponível em: http://genoma.ib.usp.br/sites/default/files/protocolos-de-aulas-praticas/extracao_dna_morango_web1.pdf
Acesso em: 25/04/15

Postagem no site: Extração de DNA Vegetal: O que Estamos Realmente Ensinando em Sala de Aula?Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_1/05-RSA6409.pdf
Acesso em: 25/04/15

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sexta-feira, 24 de abril de 2015

Biologando o saber

Aprender Biologia deveria ser algo prazeroso, que despertasse curiosidade, gerasse perguntas e consequentemente a busca de respostas. No entanto, a estrutura educacional atual muitas vezes não permite ao professor inovar em sala, ensinando de forma criativa o conteúdo curricular obrigatório e instigando aos alunos à alçar vôos altos desvendando "mistérios biológicos", dentre eles compreender como a como ocorre a transmissão de informação genética de moléculas de DNA para RNA e então de RNA para proteína. Esse processo é difícil de se explicado e muito complexo para ser compreendido, pois é impossível de ser visualizado.

Durante o momento de aprender esse processo provavelmente muitas dúvidas surgem e provavelmente ficam sem respostas que sanem a esta devidamente pela dificuldade em facilitar a visualização do processo.


  • Por que meu corpo é como é? 
  • O que são mutações e como surgem? 
  • O que é engenharia genética e como ela afeta minha vida?  
  • O que são transgênicos e como são feitos? 


Entender a como ocorre a transmissão de informação genética pode facilitar a compreensão da expressão gênica. Logo, ajudará a responder as questões acima e muitas outras relacionadas, e talvez gerar ainda mais curiosidade a respeito, ou de temas afins.

É necessário suavizar o conteúdo e descomplicar o complicado para que assim o desejo em ensinar e aprender venha à tona. No Biologando o Saber você encontrará informação de qualidade e simplificada de modo que ensinar e aprender os segredos da transmissão de informação genética será mais simples e divertido.