As bactérias que são organismos procarioto, possuem um DNA principal e um pequeno DNA circular,o plasmídeo, com a capacidade de se duplicar independentemente do principal. Com o auxílio de uma enzima de restrição, é possível abrir o plasmídeo e introduzir nele um fragmento de DNA de outra espécie, que pode ser de uma célula humana e responsável por determinada proteína. Depois que recebe o novo fragmento de DNA, o plasmídeo torna - se um DNA recombinante, isto é, uma molécula formada pela união de duas ou mais moléculas de DNA não encontradas juntas na natureza, e é introduzida na bactéria, que controla a utilização da glicose pela célula.
Esse hormônio está ausente nos indivíduos portadores de diabetes, que, por isso, apresentam deficiência na utilização da glicose, com sérias consequências para a saúde.
Quando a bactéria se reproduz, o DNA recombinante também se replica, passando para as novas bactérias. Esse processo de produção de cópias idênticas de DNA é chamado de clonagem de DNA.
Antes da engenharia genética, a insulina utilizada pelos diabéticos era de origem suína e bovina, mas uma desvantagem desse processo é o tempo para produção e purificação do hormônio. Além de insulina, são produzidos diversos tipos de vacina, como a contra hepatite B, o interferon, que combate infecções virais, e outros medicamentos e fatores coagulantes para pessoas portadoras de hemofilia, doença genética em que faltam fatores que atuam na coagulação do sangue em caso de ferimento.
Referência:
LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia. São Paulo : Àtica. 1ª ed. 2011.
Ao tratar um DNA com uma enzima de restrição, tal enzima "corta" o DNA em determinadas sequências,obtêm - se uma coleção de fragmentos com tamanhos diferentes, que podem ser separados uns dos outros.
Para isso, eles são colocados em uma espécie de gelatina (gel de agarose), e submetidos a um campo elétrico. Os fragmentos maiores em relação ao seu peso molecular,migram mais lentamente e os menores mais depressa. Forma- se ,assim, um conjunto de bandas, semelhante ao código de barras das embalagens de vários produtos. Esse processo é chamado de separação em gel por eletroforese.
Como cada indivíduo possui uma coleção característica, é possível determinar uma espécie de "impressão digital" ou um "código de barras" típico de cada pessoa.
Por isso esse exame é denominado impressão digital genética ou impressão digital do DNA.
Como é feito o teste de paternidade?
O exame identifica e compara várias regiões do DNA
do(a) filho(a), da mãe e do suposto pai, já que metade dos padrões de DNA de
uma pessoa é herdada da mãe e a outra metade, do pai. Durante o teste, os
padrões do(a) filho(a) são, primeiramente, comparados com os da mãe. Os que não
correspondem aos padrões maternos são, portanto, obrigatoriamente provenientes
do lado paterno. Se o homem testado não possuir esses padrões em seu DNA, ele
certamente não é o pai biológico.
Quando bem realizado, esse exame indica a paternidade com uma probabilidade de até 99,9999%.
Ele pode ser feito mesmo depois da morte do acusado pela exumação do cadáver ou pela análise do DNA de parentes (filhos,irmãos ou pais do falecido).
O exma de DNA permite também determinar o grau de parentesco entre populações de uma mesma espécie e entre espécies diferentes, pois, quanto mais parecidos forem dois indivíduos, maior será a semelhança entre os padrões de bandas.
Referências:
LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia. São Paulo : Àtica. 1ª ed. 2011.
Postagem do Blog: Centro de diagnóstico Schmillevicth Class
No citoplasma fatores de iniciação ajudarão na montagem do ribossomo ponto de início (AUG) e a decodificação da sequência de bases contida na molécula de mRNA será iniciada.
O RNA
transportador (tRNA) é o responsável por esta
decodificação. O tRNA reconhecerá uma sequência especifica de bases, um
sítio de ligação de aminoácidos, e então um anticódon, sequência de bases específicas, se liga ao códon no mRNA e a molécula de proteína começará a ser sintetizada. A síntese terminará quando fatores de liberação reconhecerem o códon de fim.
Em células eucarióticas a transcrição ocorrerá no núcleo e a
tradução no citoplasma, já em células procarióticas ambos processos ocorrerão
no citoplasma e a tradução da proteína inicia-se antes que a transcrição termine.
Para visualizar a diferença entre a tradução de Eucarioto e Procarioto clique aqui!!!
Se ainda tem dúvida clique aqui para conferir mais uma animação muito legal para complementar seu conhecimento!!! Referências:
GRIFFITHS, A. J. F. Introdução à
genética. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 9ªed. 2010.
MALACINSKI, G. M. Fundamentos de Biologia
Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 4ªed. 2005.
Por que a transcrição é mais complexa nos eucariotos?
Primeiro porque os genomas eucarióticos são maiores, dificultando localizar o inicio do gene.
Nos eucariontes, o RNA
é produzido no núcleo, e os RNA que codificam proteínas devem ser transportados
para o citoplasma para sofrer o processo de tradução.
Diferente de procariotos que possuem apenas uma RNA polimerase, eucariotos possuem 3 RNA polimerases:
RNA
polimerase I (localizada no nucléolo e produz o rRNA);
RNA
polimerase II( produz o mRNA)
RNA
polimerase III (produz o tRNA e o rRNA 5S)
Inicio da transcrição em eucarioto
Sequência de uma fragmento de DNA de eucarioto
O
promotor de eucariotos localiza-se na região chamada de TATA Box (TATAAAA). O TATA Box esta situado a -30
do gene.
As RNA polimerases de eucarioto necessitam de fatores gerais de transcrição para se ligarem a está região promotora e recrutar a RNA pol. para dar iniciar a transcrição.
Fatores de Transcrição reconhecem
e iniciam a transcrição em sequencias de promotores especificas.
Fatores de transcrição em eucariotos
Alongamento, processamento e termino da transcrição em eucariotos
O alongamento ocorre da mesma forma que em procarioto, então vamos relembrar?
A RNA polimerase se liga ao promotor, com isso a RNA-pol. desenrola o DNA a sua frente e enrola o DNA que está atrás do sitio de transcrição,ocorrendo a incorporação de rNTPs (bases nitrogenadas).Esse processo recebe o nome de bolha de transcrição.
O que difere nesse processo de alongamento é que ainda em síntese o RNA sofre processamento das pontas 5' e 3'.
Em
eucariotos a transcrição e a tradução ocorrem em compartimentos separados, assim o processamento permite que o RNA possa ser “maturado” transportado para o citoplasma e antes que seja traduzido.
O RNA sofre 3
tipos de modificações no núcleo antes de ser exportado para o citoplasma onde será
traduzido. O RNA antes de ser modificado
é chamado de “transcrito primário”.
A primeira modificação
que ocorre no transcrito primário é a adição de um CAP na porção 5’P do RNA mensageiro.
A função do CAP e proteger o RNA de degradação por enzinas do citoplasma, aumentando o tempo
de vida do RNA.
A segunda modificação é a adição de uma cauda Poli(A) na extremidade 3’ do transcrito primário. A
cauda Poli(A) é a adição de cerca de 200 nucleotídeos de adenina(A) no final do
RNA mensageiro (mRNA) na extremidade 3’. A função
da cauda Poli(A) também e aumentar o tempo de vida do mRNA, porque as enzinas presentes no citoplasma terão que degradar 200 nucleotídeos antes de começar a degradar o mRNA.
Curiosidade
O processamento de RNA aumenta consideravelmente o tempo de vida do mRNA, em células de mamífero pode chegar a 10 horas de vida.
Os
genes de eucariotos possuem regiões codificantes e não codificantes. As regiões codificantes do RNA mensageiro são chamadas de exons, as não codificantes são chamadas de íntrons. Essas regiões
não codificantes estarão presente no RNA quando ele for transcrito e precisam
ser removidas.
Assim acontecem a atuação de enzimas que cortam os íntros e reorganizam os exons no RNA mensageiro.
Agora o RNA mensageiro está pronto para sair do núcleo e ser traduzido no citoplasma.
Referencias:
GRIFFTHS, A J. F. Introdução à Genética, 9ª edição.,
Rio de Janeiro-RJ. Ed. Guanabara Koogan, 2009.
MALACINSKI, George M. Fundamentos de Biologia
Molecular. 4ª edição. Rio de Janeiro. Ed.Guanabara Koogan, 2005.
A transcrição em procarioto acontece seguindo três passos: inicio, alongamento e término.
Inicio da transcrição
Como a RNA polimerase encontra o ponto certo de
inicio para começar a síntese já que o DNA e grande?
A síntese do RNA começa
em regiões do DNA chamadas de regiões promotoras, representada na imagem acima pela cor vermelha, regiões que contem sequências reconhecidas pela RNA polimerase.
A RNA
polimerase de procariotos é uma holoenzima, ou seja, uma enzima composta por
varias subunidades proteica, conhecidos com fatores de transcrição. Os promotores em procariotos geralmente
localizam-se na região –10 e –35 do início da transcrição, essa regiões também são conhecidas com TATA box(-10) e TTGACA (–35).
O inicio da transcrição começa quando o fator
sigma (δ), que é um fator de transcrição associado a RNA- polimerase, reconhece e se liga na região TATA Box e a região -35.
Após o todo o complexo da holoenzima se posicionar na região TATA Box e
-35, o fator sigma se desprende do conjunto de enzimas, fazendo com que a RNA polimerase(RNA-pol ) comece a síntese.
Alongamento
A RNA polimerase se liga ao
promotor, com isso a RNA-pol desenrola o DNA a sua frente no sentido a ponta 3’ e enrola o DNA
que está atrás do sitio de transcrição na ponta 5’ já transcrito. Esse processo
recebe o nome de bolha de transcrição.
Término
O término ocorre quando a RNA
polimerase encontra a sequencia de termino, assim o complexo
de transcrição é liberado da extremidade 3’ e há liberação da
molécula de RNA.
Referencias:
GRIFFTHS, A J. F. Introdução à Genética, 9ª edição.,
Rio de Janeiro-RJ. Ed. Guanabara Koogan, 2009.
MALACINSKI, George M. Fundamentos de Biologia
Molecular. 4ª edição. Rio de Janeiro. Ed.Guanabara Koogan, 2005.
Realizada por um complexo enzimático cuja enzima chave é a RNA polimerase.
A RNA polimerase nos procariotos é única, enquanto nos eucariotos são três - RNA polimerase I, II e III.
Os RNAs formados durante a transcrição podem ser de três tipos: o mRNA, o tRNA e o rRNA..
A síntese de RNA ocorre no sentido 5’=>3’.
O RNA sintetizado será complementar à fita de DNA molde.
O processo de transcrição acontece seguindo três passos: inicio, alongamento e término. E esse difere para eucariontes sendo um processo bem mais complexo, onde a transcrição ocorre no núcleo. E em procariontes um processo mais simplificado quando se comparado com os eucariontes. Referencias:
GRIFFTHS, A J. F. Introdução à Genética, 9ª edição.,
Rio de Janeiro-RJ. Ed. Guanabara Koogan, 2009.
MALACINSKI, George M. Fundamentos de Biologia
Molecular. 4ª edição. Rio de Janeiro. Ed.Guanabara Koogan, 2005.
A descoberta do RNA , começou com a descoberta dos ácidos nucleicos por Friedrich Miescher, em 1868, que chamou o material 'nuclein', desde que ele foi encontrado no núcleo.O RNA é formado pelo ácido ribonucléico.
O RNA é uma molécula intermediária na síntese de proteínas, ela faz a intermediação entre o DNA e as proteínas.
Ele é formado por uma cadeia de ribonucleotídeos, que, por sua vez, são formados por um grupo fosfato, um açúcar (ribose), e uma base nitrogenada.
Esses ribonucleotídeos são ligados entre si através de uma ligação fosfodiéster entre o carbono 3' do nucleotídeo de "cima" e o carbono 5' do nucleotídeo de "baixo"
As principais diferenças entre o RNA e o DNA são sutis, mas fazem com que o último seja mais estável do que o primeiro. O RNA é formado por uma fita simples, o açúcar de seu esqueleto é a ribose e uma de suas bases pirimídicas (de anel simples) é diferente da do DNA. Ele possui Uracila ao invés de Timina
O ácido ribonucleico é o responsável pela síntese de proteínas da célula. O RNA é formado geralmente em cadeia simples, que pode, por vezes, ser dobrado, e as moléculas formadas por RNA possuem dimensões muito inferiores às formadas por DNA.
O RNA é constituído por uma ribose, por um fosfato e uma base nitrogenada. A composição do RNA é muito semelhante ao do DNA, porém apresenta algumas diferenças como: o RNA é formado por uma cadeia simples, e não uma de dupla hélice como o DNA, contém o açúcar ribose e o DNA contém o açúcar desoxirribose.
Outro fato é a diferença das bases nitrogenadas. No lugar da timina, o RNA possui a uracila. Dessa forma, suas bases são: adenina (A), citosina (C), guanina (G) e uracila (U).
Existem três tipos básicos de RNA, que diferem um do outro no peso molecular: o RNA ribossômico, representado por RNAr (ou rRNA), o RNA mensageiro, representado por RNAm (ou mRNA) e o RNA transportador, representado por RNAt (ou tRNA).
O RNA ribossômico é o de maior peso molecular e constituinte majoritário do ribossomo,organóide relacionado à síntese de proteínas na célula.
O RNA mensageiro é o de peso molecular intermediário e atua conjuntamente com os ribossomos na síntese protéica.
O RNA transportador é o mais leve dos três e encarregado de transportar os aminoácidos que serão utilizados na síntese de proteínas.
Sugerimos ainda uma paródia sobre o DNA e RNA já que eles estão relacionados,essa música poderá ser introduzida ao final da aula para que esta se torne dinâmica e proveitosa.
O DNA refere- se a uma molécula presente em todos os organismos e com estrutura bastante complexa,para muitos cientistas ela é descrita como a molécula da vida.
A sigla DNA vem de
Ácido Desoxirribonucléico e foi descoberta em 1869 e essa descoberta foi feita pelo bioquímico alemão Johann Friedrich Miescher
(1844 – 1895). Miescher buscava determinar os componentes químicos do
núcleo celular e usava os glóbulos brancos contidos no pus para suas
pesquisas.
A molécula de DNA é composta por uma fita dupla de nucleotídeos e
cada nucleotídeo é formado por uma molécula de desoxirribose, uma
molécula de fosfato e uma base nitrogenada que pode ser púrica ou
pirimídica.
As bases púricas encontradas no DNA são adenina e guanina; e as bases
pirimídicas são citosina e timina, sendo que a adenina liga-se à timina e
a guanina liga-se à citosina através de pontes de hidrogênio.
É no DNA que toda a informação genética de um
organismo é armazenada e transmitida para seus descendentes,essa carga
genética está contida no núcleo e todas as células de um organismo,porém nenhum organismo possui o DNA igual,já que a estrutura do DNA é composta por diferentes combinações de letras ,que chegam a mais de 3 bilhões em cada célula fazendo a variabilidade dos seres vivos.
Para compreendemos melhor sugerimos um experimento simples que pode ser feito em sala de aula com a ajuda dos alunos,trata- se de um experimento sobre a extração do DNA.
Esse experimento deve ser realizado com a ajuda de um adulto.
EXTRAÇÃO CASEIRA DE DNA MORANGO ETAPAS PREPARATÓRIAS:
Se você é professor e deseja aplicar esse protocolo em sala de aula
siga as seguintes etapas preparatórias:
Antes da aula:
• Providenciar morangos maduros. Polpa de morango congelado
também pode ser usada.
• Comprar álcool comercial comum 98% (sem gel).
Material suficiente para 3 grupos de até 10 estudantes
.
• Morangos maduros
• 3 sacos plásticos para maceração dos morangos
• 3 colheres de sopa
• 3 colheres de chá
• 9 copos de vidro transparente
• 3 recipientes contendo sal de cozinha
• 3 frasco com detergente (sem cor) de lavar louça
• 3 frasco com álcool comercial 98%
•3 provetas ou 3 frasco contendo 150 mL de água
• 3 peneiras ou coadores de chá
• 6 tubos de ensaio grandes
• 3 bastões de vidro, plástico ou madeira
• 3 protocolos com os procedimentos
Observações:
• É aconselhável realizar a prática, antes da aula, para ajustar as quantidades relativas
de tecidos a partir dos quais o DNA será extraído e a relação entre os volumes do
macerado e do álcool.
• É aconselhável usar água quente na mistura com sal e detergente (cerca de 65o
C),
uma vez que o tempo de incubação está reduzido.
• Outras frutas podem ser usadas aplicando-se o mesmo protocolo: tomate bem
maduro (meio tomate por extração) ou banana (meia banana por extração). Catafi los
de cebola sem a casca também apresentam bom resultado. Se usar cebola pique-a
em pedaços bem pequenos em vez de macera-la (meia cebola por extração).
• Durante o período da incubação, o professor pode conduzir uma discussão sobre a
localização do DNA no núcleo, a composição da membrana plasmática e a ação do
detergente sobre a membrana.
• Antes da aula prática é importante que os alunos já tenham os seguintes conceitos:
o O DNA está no núcleo da célula
o As membranas celulares são formadas por uma dupla camada lipídica.
Passo a Passo: 1) Selecionar 3 morangos e tirar os
seus cabinhos verdes.
2) Colocar os morangos dentro de um saco
plástico e macerá-los pressionando os
morangos com os dedos até obter uma
pasta quase homogênea. Transferir a pasta
de morango para um copo.
3) Em outro copo
misturar 150 ml de
água, uma colher
(sopa) de detergente
e uma colher (chá)
de sal de cozinha.
Mexer bem com
o bastão de vidro,
porém devagar para
não fazer espuma.
4) Colocar cerca de 1/3 da mistura
de água, sal e detergente
sobre o macerado de
morango. Misturar
levemente com o
bastão de vidro.
5) Incubar em temperatura
ambiente por 30 minutos.
Mexer de vez em quando
com o mesmo bastão.
Incubar por
30 minutos
6) Colocar uma peneira
sobre um copo limpo
e passar a mistura
pela peneira para
retirar os pedaços
de morango que
restaram.
7) Colocar metade do líquido
peneirado em um tubo de
ensaio. Colocar apenas
cerca de 3 dedos no
fundo do tubo.
8) Despejar delicadamente no tubo
(pela parede do mesmo), sobre
a solução, dois volumes de
álcool comum. Não misturar
o álcool com a solução.
Aguardar cerca de
3 minutos para o DNA
começar a precipitar
na interfase.
Aguardar
3 minutos
9) Passo opcional. Usar um palito
de vidro, plástico ou madeira
para enrolar as moléculas de
DNA. Gire o palito na interface
entre a solução e o álcool.
ANEXO I:
Sugestão de questões para serem respondidas pelos grupos de
estudantes após (ou durante) a realização da extração de DNA.
1. Por que é necessário macerar o morango?
2. Em que etapa do procedimento ocorre o rompimento das membranas das células do
morango,Explique.
3. Qual a função do sal de cozinha?
4. Qual o papel do álcool?
5. Por que você não pode ver a dupla hélice do DNA extraído?
6. Considerando os procedimentos da extração do DNA genômico, você espera obtê-lo sem
quebras mecânicas e/ou químicas?
Respostas para as questões: 1. O morango precisa ser macerado para que os produtos químicos utilizados para a extração
cheguem mais facilmente em todas as suas células.
2. Na etapa 4. Os detergentes são normalmente empregados para dissolver gorduras ou lipídios.
Como a membrana celular tem em sua composição química uma grande quantidade de lipídios,
sob a ação do detergente, estes se tornam solúveis e são extraídos junto com as proteínas que
também fazem parte das membranas.
3. O sal de cozinha ou NaCl (cloreto de sódio) fornece íons que são necessários para a fase de
precipitação do DNA (veja complementação na resposta seguinte).
4. O DNA extraído das células do morango encontra-se na fase aquosa da mistura, ou seja, dissolvido
na água. Na presença de álcool e de concentrações relativamente altas de Na+ (fornecidas pelo sal
de cozinha) o DNA sai de solução, isto é, ele é precipitado. O precipitado aparece na superfície da
solução, isto é, na interface entre a mistura aquosa e o etanol.
5. A molécula de DNA pode ser extremamente longa, mas seu diâmetro é de apenas 2 nanômetros,
visível apenas em microscopia eletrônica. Assim sendo, o que se vê após a precipitação é um
emaranhado formado por milhares de moléculas de DNA.
6. O DNA genômico é formado por moléculas muito longas (lembre-se que cada cromossomo é
formado por uma única molécula de DNA). Por exemplo, o maior cromossomo humano possui
263 milhões de pares de bases. Assim sendo, é praticamente impossível extrair o DNA sem que
inúmeras quebras mecânicas ocorram durante os procedimentos de extração. Sugestões de atividades correlatas:
Durante o período de incubação discutir o protocolo com os estudantes usando uma fi gura de uma
célula vegetal e solicitar a eles que apontem as membranas da célula e do núcleo que estariam sendo
rompidas pela ação do detergente. Neste momento, rever a composição química das membranas
celulares. Rever o conceito de proteína e no que estas diferem das enzimas capazes de acelerar as
reações químicas que ocorrem durante o metabolismo celular.
• Rever, com os alunos os diferentes tratamentos capazes de promover a lise mecânica ou
química da célula para a liberação do seu conteúdo. Comentar sobre o tratamento utilizado no
procedimento apresentado e compará-lo com tratamentos com enzimas ou mesmo autólise
espontânea ou induzida.
• Solicitar aos alunos que tragam para a sala de aula fotos ou fi guras de um ambiente qualquer.
Na foto pedir que marquem com um X os locais em que o DNA encontra-se contido dentro do
núcleo de uma célula. Resgatar alguns dos trabalhos realizados e discutir com toda a classe a
correção ou não dos itens assinalados.
Para saber mais assista o vídeo
Texto complementar:
O DNA é um tema muito popular e é por essa razão que abordamos esse assunto neste blog,para tentarmos facilitar a sua compreensão.Por ser uma molécula muito pequena, com estrutura complexa e de difícil visualização,o DNA tem sido interpretado de maneira errônea pelos professores e alunos muitas vezes
não conseguem associar o
DNA a uma molécula real
e, muito menos, relacionar
e compreender a sua
presença nos vegetais.
Nos diversos modelos didáticos destacamos a extração de DNA em vegetais que tem sido bastante utilizados em sala de aula,porém a constante utilização desses vegetais ou partes dele,têm acarretado diversos erros na identificação do DNA.
Alguns
materiais vegetais, possuem altas concentrações de
pectinas, um açúcar que é extraído
juntamente com o DNA e fica misturado
a ele, sendo confundido com essa molécula e como tais erros de identificação estão frequentes entre educadores e alunos,o artigo Extração de DNA Vegetal: O que Estamos
Realmente Ensinando em Sala de Aula?
O intitulado aborda sobre esses equívocos, em um trabalho realizado com educadores e alunos,segundo Furlan et al, (2010):
“Ao
final da extração, verificamos a grande dificuldade dos professores em
identificar a camada formada por DNA, apontando muitas vezes a região contendo
pectinas.”
Essa dificuldade em interpretar o DNA em meio a pectina parece pertinente em diferentes níveis de escolaridade,pois parece ocorrer entre professores da educação
básica, pesquisadores e docentes em instituições de
nível superior.
Existem vários experimentos que
descrevem o
procedimento de
extração de DNA a
partir de uma variedade
de materiais vegetais
(ex. morango, ervilha,
cebola, banana),assim como o experimento que sugerimos logo a cima.
Dessa forma, fica claro que a grande parte da substância extraída nesse experimento,refere - se a pectina que é o conteúdo envolto ao DNA e por isso, temos que ter um cuidado maior na aplicação e discussão desse recurso didático.
Referências: MALACINSKI, G. M. Fundamentos de Biologia Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 4ªed. 2005.
Aprender Biologia deveria ser algo prazeroso, que despertasse curiosidade, gerasse perguntas e consequentemente a busca de respostas. No entanto, a estrutura educacional atual muitas vezes não permite ao professor inovar em sala, ensinando de forma criativa o conteúdo curricular obrigatório e instigando aos alunos à alçar vôos altos desvendando "mistérios biológicos", dentre eles compreender como a como ocorre a transmissão de informação genética de moléculas de DNA para RNA e então de RNA para proteína. Esse processo é difícil de se explicado e muito complexo para ser compreendido, pois é impossível de ser visualizado. Durante o momento de aprender esse processo provavelmente muitas dúvidas surgem e provavelmente ficam sem respostas que sanem a esta devidamente pela dificuldade em facilitar a visualização do processo.
Por que meu corpo é como é?
O que são mutações e como surgem?
O que é engenharia genética e como ela afeta minha vida?
O que são transgênicos e como são feitos?
Entender a como ocorre a transmissão de informação genética pode facilitar a compreensão da
expressão gênica. Logo, ajudará a responder as questões acima e muitas outras relacionadas, e talvez gerar ainda mais curiosidade a respeito, ou de temas afins.
É necessário suavizar o conteúdo e descomplicar o complicado para que assim o desejo em ensinar e aprender venha à tona. No Biologando o Saber você encontrará informação de qualidade e simplificada de modo que ensinar e aprender os segredos da transmissão de informação genética será mais simples e divertido.